Os impactos do coronavirus nas campanhas do Google Ads e de afiliados

Os impactos do coronavirus nas campanhas do Google Ads e de afiliados

A pandemia global do covid-19 (coronavirus), vem deixando as pessoas, investidores, empresas e a própria economia global em estado de alerta máximo.

Em razão disso, as tendências de compra sofreram mudanças drásticas nessas últimas semanas, no momento a maioria das pessoas estão buscando fazer apenas investimentos básicos, como o estoque de alimentos em casa, e a caça ao famoso álcool em gel nas prateleiras dos supermercados.

Tais mudanças que já foram sentidas até mesmo pela própria Google, e consequentemente, transbordou também nas vendas de afiliados.

Segundo um relatório da tinuiti, desde o final de janeiro de 2020, a amazon vem reduzindo consideravelmente seus gastos na plataforma do Google Ads.

O que você vai ver nesta notícia?

Aumento nas compras online

De acordo com um artigo publicado pelo BuzzFeed, a maioria dos americanos recolhidos em casa por conta do coronavirus, estão cada vez mais aderindo a serviços de compras online, como a própria amazon.

Já que não é aconselhável sair as ruas, a única alternativa é fazer a compra de mantimentos básicos, medicamentos e materiais de limpeza, o que exigiu da amazon a contratação de mais de 100.000 trabalhadores para atender a demanda.

Diante dessas novas contratações, o presidente da amazon, Jeff Bezos, comunicou um aumento de US$ 2 por hora para todos os seus funcionários de nível operacional, tanto nos estudos unidos quanto no canada.

Seguindo por essa lógica, não há muita necessidade de investir em campanhas de produtos que não irão vender, como é o caso dos air pods e tapetes de yoga (produtos mais populares segundo amazon).

E isso obrigou a amazon a voltar seu foco no atendimento de pessoas que por medo do vírus, estão abrigados em casa.

“Ou eu continuo investindo em publicidade para vender meus produtos populares, e tenho um possível congestionamento no meu atendimento ao cliente por conta de produtos de saúde e limpeza, ou eu priorizo o atendimento contratando mais gente”

Por medo de contrair o covid-19, muitas pessoas estão adotando as mesmas medidas de compras online, principalmente aqui no brasil aonde as compras online dispararam 40%.

De acordo com a ABComm, algumas lojas tiveram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentação e saúde.

Google Trends e as mudanças de comportamento do consumidor

O gráfico a seguir mostra no Google Trends, um comparativo entre um dos produtos mais populares da amazon (airpods e airdots) com alguns itens como Papel Toalha e Álcool em Gel.

Google Trends comparando os termos air pods air dots papel toalha e álcool em gel.

Observe agora, o mesmo gráfico sem a influência do termo “álcool em Gel”, e perceba que no final do gráfico, a tendência pela procura desses produtos cai consideravelmente.

Google Trends comparando os termos air dots papel toalha e álcool em gel.

Só com uma pequena analise, podemos concluir que a tendência de pesquisa do covid-19, sinalizou uma mudança surreal nos gastos do consumidor, influenciando a aquisição de produtos de outras categorias.

Que meses antes eram considerados TOP 10 das vendas dos principais e-commerces e marketplaces da internet.

Google Trends e as principais perguntas relacionadas sobre o Coronavirus

A demanda por itens domésticos e suprimentos estão aumentando em níveis extraordinários, de forma em que a procura está sufocando a demanda.

Pesquisas relacionadas ao coronavirus

Ainda analisando os relatórios pelo Google Trends, ele me retornou as TOP 5 perguntas que a maioria das pessoas estão pesquisando na rede de pesquisa.

Se você fizer uma das 3 últimas perguntas – que estão sublinhadas na imagem acima – ao Google, você encontrará diversos resultados que falam sobre técnicas de combate ao coronavirus.

Se nos aprofundarmos ainda mais, veremos que tais técnicas fazem relação com o uso de certos produtos, e um deles é o álcool em gel.

Logo, a procura aumenta e todos começam a pesquisar também por “aonde comprar álcool em gel”, com isso a procura aumenta e a demanda entra em crise de reabastecimento.

Se por um acaso fosse comprovado de que o consumo da “carne de porco” seria totalmente eficaz no combate ao coronavirus.

E isso fosse amplamente divulgado nesses resultados que aparecem no Google quando pesquisamos por aquelas últimas 3 perguntas. Garanto que a procura por esse tipo de carne cobriria a do álcool gel.

O novo foco da amazon

Pelo menos até o dia 5 de abril de 2020, a amazon se concentrará na venda e no reabastecimento do seu estoque para suprimentos médicos e artigos de casa.

De acordo com a amazon:

“Estamos vendo um aumento nas compras on-line e, como resultado, alguns produtos, como artigos básicos e suprimentos médicos, estão esgotados.

Com isso em mente, estamos priorizando temporariamente produtos básicos, suprimentos médicos e outros produtos de alta demanda que entram em nossos centros de atendimento, para que possamos receber, reabastecer e enviar mais rapidamente esses produtos aos clientes com mais rapidez.

Para outros produtos, desativamos temporariamente a criação de remessas. Estamos adotando uma abordagem semelhante com os fornecedores de varejo. ”

Se você esta vendo que o mundo está sofrendo uma pandemia, e por consequência o comportamento de compra da maioria das pessoas mudaram, porque ficar insistindo em investir em propagandas de produtos “que não estão vendendo”?

E ainda complemento… de que serve a publicidade com preços baixos se ninguém estiver comprando aquele produto (não tiver procura)?

O que podemos aprender com isso?

Tirando o fato de que essa seja a tal hora de começar a ganhar dinheiro vendendo produtos de saúde e limpeza em meia a crise de coronavirus.

Por um outro lado, em momentos como esses, geram grandes oportunidades para uns, enquanto prejuizos para outros.

Tanto que recentemente a amazon observou suas ações dispararem mais de 7%, chegando a valer quase US$ 900 bilhões 😮

Dessa forma, assim como a amazon, a maioria dos e-commerces e lojas virtuais, irão dar uma segurada nos gastos com ads, não só no Google como em outras mídias pagas também (como é caso das mídias sociais).

Autor: William Lima

William Lima

Entusiasta de Marketing

William Lima é fundador da Olyng.com, que é uma ferramenta especializada em SEO. Trabalha com internet a 15+ anos , graduando em Gestão em TI, professor de Marketing Digital na Olyng.

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